Escritos
Os escritos são desenhos que a gente lê.
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Meu gosto pela escrita começou desde cedo. Acho que o primeiro suporte que usei foram os diários... tinha vários, um pra cada ano. Era ali que eu me encontrava, que eu me entendia, que eu colocava pra fora tudo o que atravessava o peito. Lembro, até hoje, que um professora de português escreveu em uma prova minha: você deveria escrever sempre. Aquilo me marcou na época, mas não ao ponto de eu seguir algum caminho relacionado à escrita. Era algo que eu gostava e simplesmente fazia de forma muito natural. Sempre foi um lugar de refúgio, acolhimento e entrega pra mim.
É preciso dizer que meu avô era escritor. São incontáveis os textos, poemas, histórias, contos que ele escreveu durante toda a vida. E sempre, sempre que chegávamos em sua casa, ele nos fazia sentar para ouvir seu novo escrito. E aí ele declamava por horas e horas todas as suas fantasias.
Foi já adulta, em uma fase difícil e de total perda e (re)encontro de mim, que fiz da escrita também um ofício. Hoje ela está presente e é o objeto principal de todas as minhas criações. A partir dela que eu invento, dou o próximo passo e materializo tudo o que minha mente constrói. Além disso, iniciei também um processo de desenho das palavras. Então, além das escritas em si, minha caligrafia traduz muito daquele sentimento que quero transmitir.
Os escritos são desenhos que a gente lê.